Artigo publicado na revista internacional BMC Women's Health, em 2023.
A pesquisa está vinculada com os projetos de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, e tem como autores a mestranda Paula Regina Barbosa de Almeida, a egressa Me. Paula Regina Barbosa de Almeida,os docentes permanentes Dra. Glenda Roberta Oliveira Naiff Ferreira, Dra. Fabianne de Jesus Dias de Sousa e Dr. Eliã Pinheiro Botelho, e participantes externos Renata Karina Reis e Elucir Gir.
O artigo intitulado "Human immunodeficiency virus epidemic scenery among brazilian women: a spatial analysis study" teve como objetivo principal analisar espacialmente a prevalência do HIV entre mulheres brasileiras de 2007 a 2020 por meio de um estudo ecológico utilizando bancos de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para HIV e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) em mulheres brasileiras com 15 anos ou mais.
As taxas de incidência de HIV/AIDS ajustadas por idade foram analisadas usando distribuição espacial, autocorrelação e técnicas de análise de risco espaço-temporal. No período do estudo, foram notificados 119.890 casos de HIV/AIDS entre mulheres brasileiras. As taxas de incidência de HIV/AIDS em hotspots diminuíram em todo o Brasil. Piauí, Paraná e Minas Gerais foram os únicos estados com aumento no número de pontos frios. Zonas de risco espaço-temporais anteriores foram observadas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Belém era uma zona de risco com risco espaçotemporal posterior.
A eficiência das políticas públicas de combate ao HIV não tem sido uniforme entre os municípios, embora os casos de HIV/AIDS tenham diminuído entre as mulheres brasileiras. Os determinantes sociais da saúde em cada município devem ser considerados quando as autoridades locais de saúde implementam políticas. O empoderamento das mulheres deve ser promovido e o acesso a locais de saúde preventivos, de diagnóstico e de tratamento deve ser ampliado e garantido.